Os 12 essenciais de tricô

1. Escolha o FIO PARA TRICOTAR que mais gosta

É dos primeiros materiais que pensamos quando iniciamos a prática do tricô. São várias as escolhas disponíveis. Antes de pôr mãos à obra é necessário escolher o fio com a espessura e a composição mais indicada para o tipo de projecto e a cor preferida. Para facilitar, e sobretudo se estiver a iniciar-se, o ideal será optar por fios de cor clara, pois os pontos conseguem ver-se melhor e por isso são mais fáceis de trabalhar.

Sobre a origem da composição do fio, este pode ser de:

• Fibras de origem natural vegetal: como o fio de algodão, linho, cânhamo, bambu, juta, sisal, coco…. Recentemente fala-se também dos biológicos biodegradáveis como a fibra produzida a partir do amido do milho, da introdução de fibras feitas a partir da semente de soja e, do fio biológico produzido com algas marinhas. Este fio é cultivado e processado artesanalmente na região da Sertã (Castelo Branco) e fiado em roda manual. Em Portugal é possível encontrar fio de linho artesanal originário da região de Castelo Branco, Sertã.
• Fibras de origem natural animal: como a lã de ovelha (merino,
  ideal/ polwarth, corriedale, crioula,…), a caxemira (cabra cashmere), fio de alpaca, o angorá (coelho angorá), lã de ovelha (100% virgem), o mohair (cabra angorá) e a seda… Em território nacional encontramos disponível a fibra natural feita com lã de ovelhas:  da serra da Estrela e de Entre-Douro-e-Minho (bordaleira), do Alentejo (merino) e de Trás-os-Montes (churra galega mirandesa).
• Fibras de origem não natural sintéticas: como o poliéster, poliamida (nylon), acrílico, elastano… Também aqui encontramos a viscose (rayon), o acetato, o modal e o Lyocel como fibras artificiais.

Geralmente os rótulos dos novelos ou meadas já trazem esta informação sobre a composição da fibra, qual o nº de tamanho de agulha recomendado, peso e comprimento do fio e cuidados de utilização.

2. Utilize as AGULHAS que mais se adaptam ao seu estilo para criar

Para fazer tricô, a par do fio para tricotar, necessitamos de ter essencialmente duas agulhas de tricô com as quais se irão entrelaçar os fios que darão origem ao tecido de malha. Existem técnicas que utilizam mais do que duas agulhas, mas o comum são duas, uma em cada mão. O tricô faz-se quando, de forma contínua, se transpõem os pontos feitos numa agulha para a outra agulha vazia.

Para fazer tricô existem diferentes tipos de agulhas, como as agulhas retas, circulares, de ponta dupla, para torcidos e tranças, etc. Para início nesta arte, recomendam-se as agulhas retas, nº 5 ou nº 6.

A composição das agulhas é variada, desde o metal, madeira, plástico, acrílico, bambu, …  e o tamanho e espessura da agulha também variam. Deve ter-se em mente que a sua escolha deve acompanhar a especificidade do projeto.  Quanto maior for o diâmetro da agulha, mais solta e elástica ficará a malha e quanto menor for o seu diâmetro, mais apertado o ponto irá ficar. A espessura da agulha convém acompanhar a espessura do fio com o qual se vai trabalhar. Para mais facilmente saber qual o tamanho de agulha indicado para o tipo de fio, basta consultar o rótulo do fio e lá encontrará todas as indicações. Com a continuação e experiência nesta arte adquire-se uma forma própria de tricotar ganhando agulhas e fios de maior preferência e que, se adequarão melhor ao estilo de projetos executados.

3. Tenha a TESOURA sempre à mão

Para completar os essenciais básicos no estojo de tricô, convém ter uma boa tesoura. Vários modelos e marcas encontram-se disponíveis, o ideal é escolher a que mais se adapta ao seu estilo de trabalho e reservá-la apenas para as criações de tricô, para que se mantenha sempre bem afiada. Se for em aço inoxidável, melhor ainda. Qualquer tesoura serve, mas para facilitar o transporte, a tesoura pequena funciona bem e se tiver ponta arredondada, é uma boa opção para manter mais protegido o trabalho de malha na altura de cortar, não vá dar-se o caso de se cortar mais do que se devia. 

4. A AGULHA DE TAPEÇARIA vai dar uma ajuda nos acabamentos 

Ter no estojo de tricô uma agulha de tapeçaria é bastante útil, pois ajuda no acabamento e arremate dos fios soltos.  Esta agulha é semelhante a uma agulha de costura, mas muito maior e, com a ponta arredondada que pode ser de metal ou de plástico. Ter como extra uma agulha de crochet também pode dar uma ajuda para corrigir pontos ou pequenas imperfeições.

5. Para tirar as medidas a FITA MÉTRICA é a grande companheira

Para um estojo de tricô completo, há que incluir uma fita métrica para tirar e calcular medidas. Nestas artes das linhas, a fita métrica é das melhores companheiras! De composição leve e flexível, é fácil de transportar e perfeita para medir com precisão todo o tipo de peças. É essencial para tirar medidas e saber o tamanho da amostra antes de se começar um novo projeto, para calcular o nº de pontos e carreiras por cm. Desta forma, consegue-se calcular o tamanho exato e real da peça evitando-se ter que a desfazer por falta de medidas. 

6. Tenha a RÉGUA por perto para fazer medições

A régua pode ser uma alternativa à fita métrica mas sobretudo, é um bom complemento a ter por perto. É mais indicada para medir superfícies planas. As réguas que integram medidores da espessura das agulhas ou lupa são uma boa escolha e também por exemplo as réguas transparentes que medem o número de pontos. Torna-se mais fácil contar os pontos, colocando a régua sobre a malha por causa da sua transparência. Nas situações em que se tomam apontamentos e se constrói um portfólio, incluir a régua no estojo é útil para que se possa fazer o desenho da peça e o respectivo guia de instruções e medidas.

7. O MARCADOR DE PONTOS para acompanhar as contagens é muito útil

Utiliza-se no tricô para contar os pontos, evitando ter que os contar novamente. É um acessório muito prático e que ajuda na marcação do início e final de uma carreira de tricô circular. Também se usa para marcar o aumento ou diminuição dos pontos. Geralmente são feitos à base de plástico ou metal tendo vários tamanhos conforme a malha. Podem ter o formato de um pequeno cadeado, argola ou anel, mas também há os feitos à mão, pelo que variedade não falta. Há marcadores fechados e abertos. Em alternativa para marcar os pontos, e com o mesmo efeito, pode utilizar-se um pedaço do próprio fio (de diferente cor para contrastar), fazer um laço com uma fita ou utilizar pequenos alfinetes de segurança ou ganchos.

8. Com o CONTADOR DE CARREIRAS fixam-se facilmente as contagens

Têm como finalidade fixar quantas carreiras já se tricotaram e assim, manter uma visão geral do trabalho. Dá-se o caso de facilmente se perder a contagem do nº de carreiras já feitas pelo que com este acessório bastante prático e funcional consegue-se manter a correta contagem. Habitualmente dão para contar e marcar até 99 carreiras. Também servem de bloqueio para as agulhas de tricô, sendo muito práticos porque, integram o calculador de malhas. Existem vários tipos de contadores de carreiras em formato de anel, os de colocar na agulha, os de pendurar no pescoço, manuais ou digitais, e até já existem APPs para auxiliarem na contagem de carreiras no tricô. 

9.  Tenha o BLOCO DE NOTAS, marcador e calculadora  prontos para registar a inspiração

Ter um bloco de notas e marcador junto ao estojo de tricô, é muito prático para se organizar o trabalho. Acrescentar uma calculadora facilita na altura de se efetuarem os cálculos das medidas. Num bloco ou caderno podem fazer -se as próprias anotações e ter folhas de cálculos. É uma boa solução para ter tudo num só local e bem organizado, não se perder o rumo do projecto em curso ou histórico de projectos anteriores e que se queiram replicar. O seu próprio guia de instruções, quase como uma espécie de “bullet journal” do seu tricô!

10. Proteja as suas agulhas e criações com os PROTETORES DE PONTA DE AGULHA 

São acessórios que estando no estojo de tricô podem fazer diferença e tornarem-se essenciais. Os protetores de ponta de agulha ajudam a que os pontos fiquem bem seguros na agulha, evitando que caiam da agulha quando libertamos o trabalho ou o guardamos na bolsa. Também preservam o bom estado das pontas das agulhas e a sua maior longevidade. Existe uns mais simples, outros que são peças para colecionadores.

11. Com o ALFINETE DE SEGURANÇA os pontos estão seguros

O Alfinete de segurança ou alfinete segura-malhas, segura os pontos ou aqueles pontos que ficam em espera sem haver perigo de se desmancharem.

12. Na BOLSA PARA GUARDAR O TRICÔ reúnem-se os essenciais 

Para ter sempre bem protegido todo o trabalho, uma bolsa para guardar o tricô é bastante funcional. Não existem propriamente as bolsas mais indicadas, ficarão ao critério e gosto de quem tricota, o importante mesmo é ter espaço suficiente para guardar o trabalho que se está a criar. Se houver ainda lugar para guardar o estojo de agulhas e restantes acessórios melhor ainda. São várias as possibilidades ao dispor para poder adquirir a bolsa, mas porque não, costurar a sua própria bolsa com um estojo porta agulhas a condize